sábado, 11 de junho de 2011

“Você roubou minha vida de mim..”


Escuto um choro no canto do refeitório. Uma colega de serviço está chorando, o amor parece que não foi favorável. Atirada sobre a cadeira, parecendo agonizar, fala ao celular com aquele, que muitas vezes queria falar; mas que agora não queria nem escutar. Consigo ouvir as ultimas palavras que parecem não ser de um dialogo tão amável assim, “... Você roubou minha vida de mim...”

A desilusão dela é que todos os namorados que ela teve a roubaram dela mesma. Ela se pergunta por que ele fez isso com ela, e se auto-critica dizendo ser tola de não ter percebido que ele havia roubado dela mesma.

Escutando tudo isso e sem palavras para consolar o coração dela, que por sinal foi deixado aos pedaços por um relacionamento que era para ser perfeito, mas acabou sendo uma tragédia, comecei a pensar sobre a expressão “você me roubou de mim.”

Pensando cheguei a seguinte conclusão:

Ninguém consegue roubar a minha pessoa de mim mesmo, o único meio de uma pessoa me ter é se eu me entrego a ela, mas no momento da dor, queremos culpar o outro pela dor sofrida. Queremos achar um culpado de o sonho de um namoro perfeito não ter dado certo. E além de colocar a culpa no outro ainda vamos mais longe, o chamando de ladrão de corações.

Se minha esposa tem meu coração foi por que eu entreguei a ela, eu confiei nela e quis repartir o que é mais especial para mim, minha própria vida. Estou sempre dando a minha vida para que ninguém possa roubá-la de mim.


Anderson Menger

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#FakesdoAmor é uma serie de textos escritos falando sobre algumas mentiras que acreditamos referentes ao amor, desmistificando o amor!

Um comentário:

  1. Se formos realmente pensar de quem é a culpa nestes casos,principalmente se tratando de coração,em não sermos correspondindos aou atraido...A culpa na verdade eu acredito que seria dos dois..de um por ter dado o coração a alguém que ele amava,e a outra pessoa por ter aceitado sem ter a minima condição de cuidar dele da forma como deveria.
    Mas são apenas opiniões!
    Amo ler suas cronicas...
    Nos fazem refletir.

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