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sexta-feira, 10 de junho de 2011

Não quero um best-seller [Aprendiz de escritor #3]



Não quero escrever um best-seller. Quero apenas escrever, por necessidade, não atrás de um sucesso. Claro que o desejo de quem escreve é ter pessoas que lêem seus escritos, mas também quero escrever para mim.


Hoje li um artigo que dava alguns conselhos para tornar seu livro em um best-seller. Na realidade sugeriu alguns conselhos para transformar seu livro em um grande sucesso.


Primeiramente sugeria que devemos escrever um romance como o mercado quer; mas o meu romance não quer saber da opinião do mercado, na realidade ele nem me disse nada sobre isso, perguntei a ele, e ele ficou quieto, percebi então que estava me deixando tomar a decisão de como o usaria.


Também dizia que deveríamos usar na trama um mundo estranho e excêntrico, mas existe um mundo mais estranho e excêntrico como o nosso? Existem seres no universo mais complexas que nós? Parafraseando C. S. Lewis: ' Tomara que o homem não se espalhe para o resto do universo, senão traria a destruição para o tal'. Quero relatar a vida nesse planeta chamado terra. Mas quem sabe um dia não escrevo sobre o lindo planeta Júpiter?


E ainda o artigo usava um termo que concordo sorte, para você ter seu livro na lista de best-sellers você precisa de sorte; e é por isso mesmo que nunca iria escrever tentando ser um escritor de best-sellers, nem para rifa de escola infantil tenho sorte, imagina para tornar um livro meu em best-seller, seria como ganhar na loteria.


Então quero escrever sem me preocupar se o mercado editorial vai gostar do que escrevo, ou vai detestar minhas idéias malucas colocadas em um texto. Quero escrever sem precisar me preocupar com a lucratividade que as palavras podem me trazer.


Quero escrever por paixão, por necessidade e por obrigação de partilhar as idéias, os sentimentos e as loucuras da minha mente. Convido a você a escrever, e com toda certeza aqui sempre terás um leitor ávido, por textos escritos atrás das cortinas do anonimato.


Anderson Menger

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[Aprendiz de Escritor] Nessa coluna, escrevo sobre a minha luta para escrever, aqui você acompanhará: pensamentos, frustrações, dilemas, exercícios e outras diversas coisas sobre a minha 'arte' de tentar escrever.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Sou obrigado a escrever [Aprendiz de escritor #2]


Tudo que se faz por obrigação dizem ser dolorido e difícil. A obrigação não dá uma segunda alternativa, não deixa para depois; ao contrario da necessidade, que você pode sentir agora, mas pode escolher não satisfazê-la, a obrigação leva você até um nível de sufocamento que impede você de tomar outra decisão.

É assim, todos os dias quando acordo pensando em não pensar em nada. Sabe aquele dia que você quer deixar a ociosidade tomar conta de você, e simplesmente existir? Todo dia é um dia igual a esse. Mas o incrível é que um minuto após esse sentimento, o peso da obrigação cai sempre e novamente sobre mim.

Após o banho, na minha arrumação matinal fico a pensar e tentando trazer a mente algo que poderia escrever, mas nada vem, a não ser um grande espaço em branco. Penso "vou deixar para mais tarde"; faço minha oração e sigo o caminho do trabalho. Na minha via crucis matutina, na realidade trinta minutos de caminha á um passo acelerado, minha mente volta se a lembrar da minha obrigação, escrever, então tento formular algo para escrever, tanto trazer criatividade a minha mente, mas nada parece se conectar.

As letras não se conectam com as outras para formar as palavras, muito menos as palavras se juntam com as outras para se tronarem orações; oração deve ser isso que devo fazer. Então peço ajuda aos céus, mas a resposta não aparece, apenas vejo e penso as mesmas coisas de sempre.

Quando percebo é o fim de minha caminhada, o computador a minha frente abro o Word para tentar escrever e novamente nada. Então tento ler alguma noticia, ouvir um comentário, algo que me inspire a escrever, mas nada aparece.

Procuro então meu celular, para me distrair, penso em ligar para uns amigos, e após três ligações que duraram ao total uns trinta minutos, resolvo voltar ao computador e ver se sai alguma coisa. O nível de impaciência está cada minuto mais alto, não sabendo o que escrever, por me sentir obrigado, coloco somente o titulo do texto.
Sou obrigado a escrever.

E a crônica que falo sobre meu dilema para escrever se torna algo que você acabou de ler.

Anderson Menger
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[Aprendiz de Escritor] Nessa coluna, escrevo sobre a minha luta para escrever, aqui você acompanhará: pensamentos, frustrações, dilemas, exercícios e outras diversas coisas sobre a minha 'arte' de tentar escrever.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Aprendiz de Escritor #1



Todo menino hoje tem e na minha época tinha o sonho de ser jogador de futebol, e isso não foi diferente de mim, pegava a bola todos os dias e ela se tornava a minha companheira por no mínimo umas duas horas, mas por mais que treinasse e me exercitasse as qualidades de um bom futebol nunca fluíam.

Pensei que devia me esforçar mais, treinar mais; até que um dia um pensamento me assolou, e “se eu não tivesse o DNA de um jogador”, o meu mundo veio abaixo pensei que era o meu fim, mas graças aos livros era apenas o começo.

Na minha casa não havia tv, por decisão dos meus pais, o que me tornou um amante de literatura, de todos os tipos, desde geopolítica até romances consagrados. Lia de tudo, a curiosidade para saber o que aconteceria me fazia devorar um livro por dia, e mesmo quando deitava na cama, só conseguia dormir após o fim; por intermédio desses livros, me assolou um desejo que sentia já ter sido meu, ser um escritor.

Então comecei a tentar a escrever, e pelo visto é o que faço até hoje, mas as palavras de apoio não foram tão boas assim, minha gramática era horrível, continua um pouco ruim, provavelmente você já encontrou uns dez erros até agora e não se preocupe ainda tem mais, então desmotivado por mais essa falta de talento, me arrisquei a ser um mero leitor, pensando que um dia poderia receber o talento de um escritor ao ler um livro.

Mas o sonho não se afogou no mar dos sem talentos, lá dentro ele continuou vivo, diferentemente do sonho de ser um jogador de futebol, ele se abraçou com outros sonhos sobreviventes e agora está querendo pisar em terra firme.

O sonho sobrevivente de ser um escritor caminha de volta para se tornar autor de sua própria história, nesses dias o desejo de escrever tem me levado a pensar que escrever é mais que um talento é uma necessidade de expressão do meu ‘eu’, da minha alma. Então escreverei, não por querer ser famoso com que escrevo, mas sim para o sossego do meu coração.

Hoje escrevo por querer ser escritor, a começar pela minha história, por querer cultivar uma arte. Compreendi que para cultivar uma arte não precisa ter talento, sim ter disposição, porque se necessitasse de talento, nossos campinhos de futebol estariam vazios.

Eu sou um aprendiz de escritor, que preferi as palavras a uma bola, preferi ariscar a me descrever, do que nunca escrever, que corre atrás das palavras para que elas o alcancem, a tentar juntar palavras para que se transformem em textos, que não precisam ser tão belos, mas apenas descrever o que se passa nesse aprendiz de escritor.


Anderson Menger

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Aprendiz de escritor - é uma serie de crônicas, referentes a minha tentativa de escrever.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Aos críticos meus pêsames...

Se há uma coisa que tenho certeza de que nunca me livrarei será da crítica, passa os anos, mudam as pessoas, mas as críticas sempre estão ali, muitos tem razão, mas na sua maioria preferiram virar a lupa contra mim. Já aconteceu com você isso? Desculpe-me, acho que é só comigo que isso acontece. Críticos quem me livrará de vocês?!

Esforço-me a fazer as coisas de modo digno, com boa fé, mas eles sempre estão lá para tentar distorcer o que você fez, para julgar a sua motivação, para intentar a decepção. O crítico nada mais é do que um difamador fingido ser um intelectual, ou santinho como melhor preferir.

Todo crítico sofre de uma doença chamada orgulho, que cá entre nós sempre é no mínimo três vezes maior que o dono dela. O orgulho, vem de um desejo de ser melhor que os outros, um desejo medonho, que sempre leva a pessoa a queda; Lucifer sabe bem o que é isso, já que ele é medonho. E este desejo incontrolável, leva as pessoas a criticarem aquelas que consideram melhores que ela, ou digamos que podem tomar seu lugar ou posição.

A lupa do medonho, quer dizer orgulhoso, ou melhor, do crítico, estamos usando este termo, sempre está voltada ao próximo, ele nunca foca-a no seu próprio ser, mas sim no do próximo, visando sempre usar a falha do próximo como desculpas para a sua.

Ao pensar em como me livrar de todos os críticos percebi que teria que morar sozinho em um dos quatro cantos deste mundo. E ainda estaria convivendo com um, eu, crítico em tratamento.

A nossa crítica tem um poder subversivo quando focada em nós. Quando é focada nos outros tem um poder destrutivo.

Aos críticos os meus pêsames, pela destruição causada. Mas em mim nada mais causará. Levarei toda crítica como uma piada, mas todo conselho como um caminho para vida. Crítica é destrutiva, mas o sábio conselho é a construção de um novo caminho para vida.

P.S:. Estou bem mais leve agora, aos que me criticam, meus pêsames!

Ander[son] Menger

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

A dor da mudança


No meu dia-a-dia converso com muitos homens e mulheres, em grande parte pessoas que tinham tudo, mas hoje não tem nem onde dormir, estão entregues aos vícios e as circunstâncias da vida. No meu bate-papo com eles sempre procuro despertar a consciência deles para perceber a situação que estão, mas eles preferem continuar nessa dura vida de um morador de rua.

Estava pensando comigo e me questionando qual seria o motivo de pessoas que estão numa situação complicada não quererem uma mudança. Quando pensamos em mudança lembramos trabalho, desmontar e montar, nisso acabamos sempre perdendo algumas coisas; também vem a lembrança de dor nas costas, por causa do esforço que fizemos; então as palavras que mais se parecem com mudança na realidade são trabalho e dor.

Trabalho ninguém gosta de passar, mas dor, ninguém gosta de ouvir essa palavra muito menos sentir.

Na nossa sociedade, na nossa família e em nossa vida não acontecem mudanças porque temos medo da dor que isso causa e do transtorna que vai nos fazer passar. Tantas coisas a sociedade precisa mudar, mas não muda porque a dor de abrir mão de algo nos pesa a consciência. Mas nos esquecemos que passaremos pela dor da perda se não passarmos pela dor da mudança. Um exemplo bem claro disso é o nosso meio ambiente que já começa dar seus pequenos sinais de esgotamento, e quando estivermos passando pela dor da perda de um sistema ecológico perfeito, lembraremos que tivemos a oportunidade de mudá-lo, mas o comodismo não nos deixou realizá-lo.

Mudanças são necessárias hoje, para que no futuro não nos arrependamos de não ter tomado-as há tempo. Toda mudança que não é realizada hoje por causa do medo da dor inflacionará e a dor da mudança não realizada sempre será maior.

Mude hoje, supere seus medos, supere a dor, para que a dor da perda por causa de uma mudança não realizada não seja maior.

Mude hoje, viva o amanhã!

Anderson Menger

andermenger@ig.com.br

terça-feira, 3 de agosto de 2010

O fracasso...


Quem nunca fracassou? Quem nunca errou? Quem nunca se decepcionou? São tantos indagações do estilo “quem nunca” que ficamos deprimidos só de relembrar nossos fracassos e decepções.

Fracassar é uma arte que todos ‘cometem’, mas poucos a desenvolvem; fracassar é humano, é uma coisa natural, quando passamos a existir, logo passou a existir o fracasso. Com os primeiros humanos, com os grandes exércitos, e os primeiros grandes chefes de estados, o fracasso sempre esteve presente.

Se há uma coisa que todo ser humano, desde aqueles que já viveram á milhares de anos e também aqueles que virão depois de nós, tem que conviver é com o fracasso. Muitos já tentaram escapar tentando criar formulas milagrosas contra este “mal”. E todos fracassaram.

Um dos maiores assassinos é o fracasso, gera milhões de suicídios , além de ser um dos maiores depressivos.

Quando falo do fracasso como uma arte a ser desenvolvida não estou declarando que temos que fracassar por vontade própria, por que ninguém é tão louco a ponto de sentir prazer no seu próprio fracasso. Mas sim que temos que aprender a tirar de cada situação de fracasso o melhor ensino para podermos alcançar a nossa realização.

Temos que aprender que a busca desenfreada pelo sucesso sempre será um fracasso, que o fracasso é o único que nos levará ao sucesso de termos uma vida digna, de amor e respeito. Quando fracassamos nosso orgulho é quebrado, as paredes vão a ruína , e todos que estão a nossa volta percebem quem nós somos realmente. Mas muitos por não entenderem o fracasso acabam construindo muralhas ao redor de si.

Hoje há muitas definições de fracasso e sucesso no mundo, em qualquer área se fala dessas duas palavras, com definições tão amplas. Mas para cada um de nós elas tem um significado singular, nós sabemos quando estamos fracassados ou fomos bem sucedidos.

Quando você conseguir entender seus fracassos conseguirá os seus sucessos!

Anderson Menger

andermenger@ig.com.br

quarta-feira, 28 de julho de 2010

As Dificuldades, as esperas e a infância


Quando acordo penso nos problemas que terei que enfrentar na jornada do dia que está a começar; na realidade já começou á um tempo, mas levanto ás 07h30min; então na minha tradicional rotina, salto da cama pego minhas roupas e corro para o santo banho do dia, ao chuveiro tento cantarolar, mas as cordas vocais não parecem querer acordar, então novamente um pensamento me assalta, as dificuldades que terei que enfrentar. E muitas vezes nesses pensamentos me dá vontade de ser criança novamente, pois naquela época a única dificuldade era ir á escola.

Após o banho, olho o relógio e vejo que o banho demorou bem mais que dez minutos, foram mais de meia hora, que se passaram como se fossem três minutos. Agora as preocupações aumentam se vestir, arrumar o cabelo, escovar os dentes, colocar as lentes, e não chegar atrasado. O coração dispara numa batida rápida fazendo a adrenalina pelo corpo circular, na correria me visto sem perceber muito se está combinando o casaco com a calça, arrumo cabelo a moda cafuné, escovo os dentes e parto para colocar minhas lentes. Cerimônia terminada!

Saio correndo desço o morro onde moro e subo pela para chegar à estrada aonde terei que pegar o ônibus, ao chegar à parada sou obrigado a esperar; poucas coisas nos fazem esperar, uma delas é o ônibus. Ao chegar tento ser educado dando preferência para os outros entrarem no ônibus, sendo ultimo a entrar me arrependo, o ônibus acabou de lotar os bancos; na viajem de arranca e para me lembro da infância onde se tivesse que ir num lugar ‘o pai’ levaria; á estava me esquecendo outra coisa que nos faz esperar é o transito. E nessa viajem que provavelmente demoraria dez minutos de caro, lá se vão trinta minutos, e senão me falhe a minha matemática, já são quarenta minutos a mais.

Chego ao trabalho, papeladas para por em ordem, telefonemas a fazer, problemas a resolver, mas nisso já estou quase um “expert”, são tantos todos os dias. Muitas vezes minha mente sofre pequenos blecautes, fazendo-me viajar nos tempos que não tinha que enfrentar as dificuldades da vida de adulto.

São dezoito horas e estou novamente no meu ponto de espera, o ônibus lotado vem no sentido centro-bairro, quando embarco percebo que está mais lotado que de costume. O ônibus fez a curva e na próxima parada para mim é o final da linha, desço do ônibus, e subir o morro novamente, ao subir com as pernas cansadas, mais pensamentos invadem a mente sem sequer pedir licença, mas enfim mais um dia está terminando, entro em casa, sinto-me protegido como uma criança nos braços de seu pai.

Hora de dormir, já são quase uma hora do dia seguinte, ao deitar na cama repasso o dia em pequenos flashes, torcendo para que as cenas que hoje se passaram não se repitam, e torcendo que os flashes da minha infância retornem.

No final só restam perguntas, será que isso um dia vai mudar? Vou encontrar alívio ao acordar? E a pior das perguntas de um homem invade a minha mente: será que poderei criança novamente me tornar!

Aff! Cansado desse frenesi!

Anderson Menger

andermenger@ig.com.br

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Escritores da História


Há histórias que nos comovem, existem aquelas que nos deixa com raiva como aquelas que nos fazem dar boas risadas. Mas me pergunto e a minha história o que ela faz comigo? Faz-me chorar, ficar louco da vida com ela ou parece ser mais uma piada?

A nossa história é escrita por nós, mesmo que não fique arquivada em grandes volumes de famosas bibliotecas, cada história é um best-seller. Já somos grandes escritores por termos escrito a nossa introdução em nove messes, depois dividimos o nosso livro em partes, 1ª parte – infância, dividida em capítulos descrevendo cada etapa da história em mínimos detalhes, 2ª parte – Pré-adolescência, e assim sucessivamente.

Como escritores temos nos esforçado a não passar nem um dia sem escrever, não deixar de viver; mas muitos pelo caminho da escrita desistiram de escrever, preferiram fechar a pagina e parar de escrever, obras que ficarão guardadas, muitas vezes até lembradas por escritores amigos, que nunca haviam percebido a depressão do amigo que achava que não valia mais a pena escrever.

Há historias que é somente a introdução, mesmo sendo poucas paginas fazem um grande sucesso, como há outras, que demoram mais de cem anos para serem escritas. Há também historias que chegam à segunda parte e tem uma breve conclusão outros já estão escrevendo sua conclusão há anos só que o fim nunca chega.

Histórias que não são apenas um romance e sim uma miscelânea de estilos e tipos e estilos; os escritores não conseguem conter a empolgação da escrita e vão do drama á comédia, do romance á guerra, do clássico ao contemporâneo.

Mas há outros ainda que por um tempo parassem sua história e estão praticamente vivendo a história de outros, mas quando retornarem a escrever saberão que ficou muita coisa para trás, a nossa história precisa ser escrita, onde os escritores e atores principais somos nós!

Portanto escrevo minha história nas paginas da vida, á qual mesmo após a conclusão ninguém conseguirá apagar, e nas estantes das bibliotecas de meus amigos sempre estará presente para se lembrarem deste anônimo escritor da história, que fez da vida a mais bela obra que podia.

Anderson Menger

terça-feira, 20 de julho de 2010

Promessas




Prometi para mim mesmo que escreveria no mínimo uma vez por dia, isso faz uns trinta dias, no primeiro dia de promessa me empolguei escrevi dois textos e os publiquei em meu blog, no segundo escrevi mais um texto, no terceiro lutei para escrever três parágrafos, e no quarto nem consegui completar os cento e quarenta caracteres do twitter. Venho nesse dilema de querer e não conseguir cumprir a promessa feita a mim mesmo.

Não sei o que falta se é inspiração, criatividade ou até força de vontade. Falta de força de vontade não é, pois todo dia sento na frente do computador e começo aquele gostoso ritual, a começar pelo estabilizador e terminar por aquele documento em branco de Word 2007 em minha frente, digito poucas palavras, mas logo desisto desse processo e no X logo clico.

E assim vivo meus dias de desilusões próprias, de promessas não cumpridas. Ao escrever aqui esse texto começam a borbulhar em minha mente promessas que fiz e não cumpri nem a mim nem aqueles ao qual prometi. Me recordo como se fosse hoje, de um dia me despedindo da minha avó que morava no interior, respondendo afirmativamente ao pedido dela de ir mais a sua casa para conversarmos. Mas na correria do dia-a-dia os messes se passaram, e esquecendo fui da minha promessa, quando dela lembrei já era tarde no esquife já estava.

Quando realizamos uma promessa há euforia, quando lembramos que não a realizamos há melancolia! Por isso tomei uma posição, prometer o mínimo possível para que possa viver sem a tristeza de não ter realizado aquilo prometi!